ENTRE RIOS, RE-NATURALIZAR OS TERRITÓRIOS
Os espaços devem ser ligados por fluxos do ar e da água, aproveitando as estruturas contínuas inerentes à base biofísica do território. A rede hidrográfica deverá ser vista como elemento primordial da paisagem.
Gonçalo Ribeiro Telles in“Um novo conceito de cidade: a paisagem global” 1994




espécies flora OAZ




espécies fauna OAZ
Esta ideia de re-naturalizar o território traduz-se numa vontade de qualificação de espaços nas imediações dos elementos hidrográficos, uma requalificação da paisagem e da organização de dinâmicas sociais.
Existe uma dicotomia fortemente marcada no município entre o centro consolidado da cidade e as zonas residenciais e industriais adjacentes. Este contraste atravessa vários panoramas, tendo influências a nível social, visual, espacial, ecológico, etc. Parece-nos, desta forma, importante desenvolver um estudo que pense e intervenha nestas áreas de transição.
A presença dos rios Antuã, Ul e Caima, em conjunto com a rede de afluentes a estes inerente, serve então como mote de abordagem, onde pretendemos desenvolver uma frente verde e ecológica que represente um papel de coesão do tecido fragmentado do município, tratando o espaço e devolvendo-o à cidade como resposta às necessidades urbanas.
Pretende-se desta forma utilizar o traçado dos rios, neste momento vistos como fragmentadores do território, para a inserção de espaços públicos e comunitários, parques agrários e agroflorestais, caminhos pedonais e sistemas de mobilidade públicos que incentivem a dinâmica social e unifiquem os polos residenciais e industriais periféricas.
Estas áreas devem aparecer da análise de documentos de cadastro de espaços verdes e ruínas, visto o intuito ser requalificar e devolver espaços à população, que neste momento se encontram em desuso ou devolutos.