top of page

Plano Monte Carasso
Luigi Snozzi, Suiça, 1987-2004

   Tricino é uma região entre italia e suiça, localizada nos Alpes, caracterizada por uma paisagem montanhosa com importante topografia e hidrografia.

   É principalmente composta por núcleos urbanos dispersos linearmente, interligados por essenciais vias de mobilidade inter-regionais.

   Influenciada pelas visões italianas e suíças, a região é também conhecida pelo seu estilo arquitetónico particular, com uma forte identidade.

   Luigi Snozzi, arquiteto italiano e professor da escola de arquitetura de Zurique, começou a trabalhar no Plano de Monte Carasso nos anos 70. A aldeia é delimitada pela topografia e pelas estradas rodoviárias, de tal modo que o arquiteto trabalha inicialmente na porosidade que poderia trazer para a fronteira feita pela infraestrutura rodoviária, pois era importante reconectar a cidade com o território local (essencialmente constituído por zonas agrícolas e industriais). Posteriormente reviu as diretrizes urbanas já estabelecidas com intuíto de planear a consolidação urbana no interior da área previamente estabelecida.

   Snozzi explica essas decisões com a seguinte declaração (que se tornará o principal aforismo do projeto urbano de Monte Carasso): ”Drawing a center for a place wich doesn´t have one”.

 

   A intervenção é caracterizada por novos caminhos, novas delimitações (representadas na maquete) e um novo centro composto pela escola primária, a igreja e o largo da aldeia.    O planeamento urbano é formado por um número extenso de projetos arquitetónicos: equipamentos públicos (para o centro), gestão urbana (estradas, hidrografia e paisagismo), equipamentos desportivos (posteriormente reabilitados em 2016 por René Guglielmetti) e também diversos projetos de pequena escala como habitação individual e reabilitações.

Capture d’écran 2020-10-11 à 14.47.14.
Capture d’écran 2020-10-11 à 17.16.30.
169.jpg
1054---Urban-Project-at-Monte-Carasso105
Capture d’écran 2020-10-11 à 17.17.48.
Capture d’écran 2020-10-12 à 15.16.35.

Landscaping Genebra
Didier Larue, Suiça

   A área de Praille-Acacias-Vernet (distritos sul de Genebra) está a experienciar um forte aumento de densidade, que exigiu, em 2013, um replaneamento global para conseguir o livre escoamento nos limites das grandes infraestruturas (estradas e ferrovias). Pela área ser maioritariamente industrial e comercial, o município quis reintroduzir a natureza dentro do plano urbano.

 

   No projeto foi também reconsiderada a gestão da água (em relação à hidrografia existente e clima local), com o objetivo de tornar a água parte da qualidade e poesia urbana ao invés de uma simples condicionante territorial.

   Isso resulta num trabalho complexo de tratamento de águas pluviais, re-vegetação e espaços pedonais que coexistem nestas áreas.

   O projeto trata também das questões de travessia: como trazer qualidade espacial às infraestruturas existentes, como trazer porosidade a essas instalações opacas e como trazer mais mobilidade qualificada aos pedestres.

Capture d’écran 2020-10-12 à 15.16.04.
Capture d’écran 2020-10-12 à 15.14.19.
Capture d’écran 2020-10-12 à 15.14.03.
Capture d’écran 2020-10-12 à 15.14.12.

Plano Urbano Faaborg
Kjellander Sjoberg, Dinamarca

   (Projeto não realizado)   

   Faaborg é uma cidade costeira localizada na ilha de Funen, no sul da Dinamarca, uma das cidades comerciais mais antigas do país, historicamente de carácter industrial.

 

   A proposta centra-se em refinar o existente, fortalecendo as relações existentes e revitalizando áreas industriais descontinuadas com novos conteúdos e qualidades atrativas.

  Uma fábrica desativada torna-se um ponto de encontro para destacar a cultura alimentar regional, uma área abandonada de uma estação ferroviária transforma-se nem bairro residencial à beira-mar e o antigo edifício da polícia transforma-se numa biblioteca.

KjellanderSjoberg_Faaborg_Illustration_3
KjellanderSjoberg_Faaborg_Diagram_04_360
KjellanderSjoberg_Faaborg_Site-plan_3600
KjellanderSjoberg_Faaborg_Slagterigrunde
KjellanderSjoberg_Faaborg_Diagram_03_360

Renaturalisation de l'aire 
Descombes Rampini, Genebra, 2015

   O trilho da água costuma ser tratado como um elemento que devemos disciplinar, regular e conter. Georges Descombes propõe romper a linearidade desse conceito com paisagismo e poesia. Na verdade, a composição geométrica foi pensada para ser degradada pela inércia da água, de forma a representar a organicidade to trilho acidental com o tempo.

   Esta composição não quer conter a água, é feita para brincar e mostrar a qualidade espacial que pode trazer para o território.

 

   Referências deste tipo inspiraram alguns novos escritórios de urbanismo, como Point Supreme, 51N4E ou NP2F, a integrar a trilha de água acidental nos projeto como um elemento essencial das qualidades espaciais.

10-Naturalization-river-channel-landscap
10-Naturalization-river-channel-landscap
01-Naturalization-river-channel-landscap
11-Naturalization-river-channel-landscap

Grand Parc de Miribel-Jonage, Parc de la Tête d’Or, Parc de la Feyssine
Lyon, Séc. XIX - 2002

   A necessidade de um parque urbano em Lyon remonta para o início do séc. XIX, aquando a consolidação da urbanização a grande escala. Este esforço de garantir espaços verdes na cidade atravessam os séculos, e resulta no desenvolvimento espaçado no tempo de vários parques ao longo do rio Rhône. Neste exercício estão inseridos diversos arquitetos e urbanistas que tentam dar resposta à crescente procura de zonas verdes, ao tratamento das águas do rio para consumo e sistemas de controlo de inundações.

   Com este intuito o Grand Parc de Miribel Jonage materializa-se na ilha com o mesmo nome, criada como consequência da abertura de dois canais para regulação das cheias, que se extende por mais de 2000 hectares, representando a maior mancha verde urbana na urbanização de Lyon. Este corredor verde continua no território no Parc de la Feyssine, sendo este o mais recente do trio, e termina no Parc de la Tête d’Or. O conjunto apresenta uma diversidade de espacialidades e ambientes dedicados à natureza, mas também de equipamentos para a cidade.

   Embora pensado e desenvolvido por pessoas distintas em épocas distintas, existe uma continuidade de linguagem do conjunto de parques que pretende não só servir a população e trazer qualidade e valorização do território, mas também funcionar como dispositivos de regulação do rio.

parc_de_la_tête_d'or_plan.jpg
Parc de la Feyssine.jpg
bottom of page