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REDE HIDROGRÁFICA

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Principais rios e ribeiras em Oliveira de Azemeis
Património Hidrográfico

A rede hidrográfica é uma forte componente do concelho de Oliveira de Azemeis. Para além de serem de grande valor paisagístico, durante vários anos foram um importante contributo para o crescimento agrícola, económico, e de expansão territorial do município. Está bastante presentes em planta e no local, correspondendo a faixas de atravessamento do território do concelho, colocando a freguesia de Oliveira de Azeméis entre rios. E são eles os rios Ul, Caima e Antuã, sendo o rio Ul e Caima os que se estendem por uma maior parte do território do concelho de Oliveira de Azeméis e os que têm uma maior presença.

 

O rio Ul, pela sua forte corrente, está na origem do abastecimento energético de mais de 300 moinhos espalhados pelo concelho, principalmente na região de Ul, com o objetivo de produção do famoso pão de Ul. Durante anos, qualquer casa teria um forno presente para a produção e venda desse mesmo pão.
 

Atualmente, os rios designados encontram-se num estado decrépito e de negligência municipal. Pela forte crescente industrial, falta de rede de saneamento e tratamento de águas residuais, falta de fiscalização e manutenção por parte da câmara, há uma avultada descarga residual industrial e doméstica que vem parar a estes rios, provocando a poluição dos mesmos. A sul do concelho, zona com a rede de água mais débil, existiam descargas a céu aberto provenientes de supermercados que abasteciam a região. Todas estas práticas acabaram por colocar os rios num cenário descuidado e penoso, resultando num ciclo de consequência/causa. Porque se os rios constituem um perigo para a segurança e saúde pública, a população não tem interesse em frequentá-los; se não existe ação e vontade em frequentar os rios também não existe investimento; ou seja não existe investimento porque não há segurança, e não há segurança porque não existe investimento, e por aí consecutivamente. 

Neste momento, existem apenas algumas zonas de lazer, com forte presença do património vegetal e hidrográfico, espalhadas pelo concelho de Oliveira de Azeméis. Começando pelo parque temático Molinológico, um local de grande qualidade espacial, tanto de lazer como de aprendizagem, que dinamiza a cultura da região e o cenário hidrográfico; os Trilhos pelas margens do rio Caima, zona bastante verde e apropriada pela natureza, um trajeto pelo rio, passando por algumas cascatas e pontes, conciliando a paisagem e a ação do homem; e mais alguns lugares reservados a parques de merendas com forte presença da água do rio ou de cascata, um deles banhado pelo rio Antuã, um sítio de recolha e abastecimento local de água pela população devido à existência de um elemento ainda muito valorizado pelos habitantes de Azeméis, a fonte.

Apesar de existirem atrações locais com vertente ecológica, denotamos uma grande escassez de infraestruturas que possibilitem a ligação com o restante concelho e centro populacional. Não existem programas nem iniciativas que fomentem a apropriação, o usufruto e a conexão com estes lugares por parte da população. Até mesmo o mais influente e único parque urbano de Oliveira de Azeméis, o parque de La Salette, carece de meios que proporcionem uma coesão segura e atrativa com o centro da cidade e restantes aglomerados residenciais.

 

Por consequência, também os pequenos ribeiros que brotam destes rios foram e são negligenciados, alguns foram cobertos e pavimentados, outros são uma mistura e fruto de todas as decisões incoerentes e irracionais ao longo dos anos. É necessário entender que os rios são um elemento vital para o desenvolvimento de qualquer civilização, consequentemente estes pequenos ribeiros podem ser uma força essencial e genuína de conexão, agregando-os a outros elementos e equipamentos é possível essa ligação com esses restantes rios do concelho, cosendo assim o tecido urbano de uma forma fluída correspondendo às necessidades da população.

CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO VOUGA

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Em 1975 é realizado o Plano Geral do Aproveitamento Hidráulico da Bacia do Rio Vouga, onde são apresentados recursos hídricos referentes à bacia e propostas diversas obras hidráulicas, donde salientamos a Barragem de Ribeiradio, elemento importante no controlo de cheias e regularização de caudal do Rio Vouga. Embora já exista um plano orientador, este carece de uma visão ambiental (proteção e conservação da paisagem e da biodiversidade).

 

 


 

 

 

 

 

SOLUÇÕES / propostas de intervenção

 

Reabilitação e valorização ecológica do Rio Cértima nos concelhos de Águeda e Oliveira do Bairro, financiada pelo Fundo Ambiental.

 

“O derradeiro alerta foi lançado em Julho do ano passado, com o aparecimento de centenas de peixes mortos ao longo do Rio Cértima. Era preciso intervir no curso de água que atravessa os municípios da Mealhada, Anadia, Oliveira do Bairro e Águeda, e com urgência. Das palavras aos actos, não levou muito tempo e as imagens do antes e do depois aí estão para o demonstrar. “A concretização de um sonho”, realçou o presidente da câmara de Águeda, Jorge Almeida, autarquia que uniu esforços ao município …" (fonte)

 

Apresentamos um exemplo concreto de uma reabilitação e valorização territorial na Bacia Hidrográfica do Vouga. Nesta intervenção, o município, em parceria com as demais entidades, desenvolve um conjunto de ações de sensibilização e informação acerca do rio Cértima. O plano aborda questões objetivas da sua conservação e valorização, atuais e futuras, do qual nascem os pontos ou intenções seguintes:

 

-  Remoção de espécies invasoras da flora;

- Corte fitossamitário da vegetação autóctone, poda de formação e corte seletivo de exemplares para melhoria da estrutura ecológica do rio;

- Consolidação e renaturalização das margens e melhoria de habitats ripícolas;

- Colocação de estacaria viva para recuperação da galeria ripícola;

- Aplicação de técnicas de controlo de espécies da flora exótica, com comportamento invasor;

- Plantação de exemplares arbóreos e arbustivos enraizados para estruturar e enriquecer a biodiversidade dos habitats presentes;

- Entrançados vivos; aplicação de estacaria viva para reforço da estrutura da margem;

- Reperfilamento do leitor e taludes marginais. 

 

Associação: Fundo ambiental

https://www.publico.pt/2020/03/09/local/noticia/reabilitacao-rio-certimaconcretizacaosonho-1907001

 

 

 

 

No caso de Oliveira de Azeméis deverá ser feito um plano que identifique as fontes de poluição ao longo dos rios e que apresente propostas para a resolução dessas problemáticas. Posto isto, parece-nos relevante atuar com base nos seguintes princípios: 

 

- Requalificação e valorização dos corredores fluviais, das margens dos rios e da paisagem adjacente. Neste ponto está incluída a inserção de espaços públicos para atividades de recreio e lazer e a reflorestação de espécies nativas;

 

- Requalificação do património municipal associado aos cursos de água, como moinhos, para atuarem como catalizadores de revitalização e qualificação territorial;

 

- Legislação e fiscalização dos cursos de água, de forma a resolver problemáticas detetadas e incentivar a produção industrial ecológica;

 

- Consolidação da rede de saneamento doméstico e industrial. Este ponto é bastante importante porque as implicações dos pontos anteriores só terão um impacto positivo se esta problemática do saneamento for respondida.

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É importante entender o território de Oliveira de Azeméis não como um espaço fechado em si mesmo, mas como uma parte integrante e dependente de um (eco)sistema muito maior.

Os 3 rios principais Caima, Ul e Antuã, assim como os afluentes a estes inerentes, integram a bacia hidrográfica do Vouga, que se estende pelos distritos de Aveiro, Viseu e Coimbra.

Dado que os rios são parte integrante deste conjunto, é imprescindível a análise do contexto territorial dos cursos de água: onde começam, onde desaguam, por onde passam e o que acontece no intermédio deste percurso.  A base hidrográfica em questão, de Oliveira de Azeméis situa-se no extremo noroeste da bacia. 

 

Se os rios são elementos extensos no território não podemos deixar de os pensar na sua totalidade, assim como as possíveis intervenções devem ter em conta este conceito de continuidade no território. A tabela seguinte representa, de forma simples e direta, os diversos momentos dos rios Caima, Antuã e Ul, que atravessam o território de Oliveira de Azeméis. 

PROBLEMÁTICAS

No desenvolvimento da urbanização vai sempre existir confrontos ou zonas de tensão entre Natureza e objeto construído, de modo que é necessária uma especial atenção a esta coexistência. Inerentes aos cursos de água existem sempre problemáticas, umas mais graves que outras, que devem ser consideradas no planeamento urbano. 

Quando o planeamento se releva insuficiente ou incapaz surgem questões que, a longo prazo, podem influenciar uma grande extensão do (eco)sistema. 

Na tabela seguinte estão representadas as problemáticas apontadas pelas freguesias integrantes na bacia hidrográfica do Vouga.  

 

Desta leitura retiramos os pontos que são transversais ao território e que representam as prioridades de intervenção, que dizem respeito a descargas industriais sem tratamento prévio, a incapacidade de resposta das redes de saneamento, e o consequente despejo nos cursos de água, e a prática pecuária e agrícola despreocupada e desregulamentada.

PATRIMÓNIO HIDROGRÁFICO

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Todos os elementos, lugares e espaços que se podem considerar como património hidrográfico (e não só) de interesse, com o intuito de integrarem as propostas de intervenção. O objetivo será dar a conhecer e promover a educação para a cultura e tradição desta região, voltar a dar nova dinâmica aos mesmos, reabilitar e devolver à população.

+ REDE PÚBLICA DE SANEAMENTO 2019
+ REDE PÚBLICA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2019

em comparação com o mapeamento de poços e tanques privados, particulares de diversas habitações

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UL

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